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História da Maçonaria no Brasil

Um Passeio pela História da Maçonaria no Brasil. (Parte 8) – Grande Oriente dos Beneditinos

Ao contrário de que se pensa, houve inúmeras dissidências na Maçonaria Brasileira do qual surgiram novas obediências, como já vimos anteriormente o caso do Grande Oriente do Passeio (Vide Parte 6 desse Trabalho) que teve certa expressão. Outros porém, foram Natimortos, como por exemplo O Grande Oriente do qual Caxias foi Grão Mestre. Hoje porém falaremos do Grande Oriente e Supremo Conselho dos Beneditinos, que segundo Joaquim Gervásio de Figueiredo em seu Livro “Dicionário de Maçonaria” surgiu quando aproximadamente 1500 Irmãos foram afastados do GOB e os mesmos escolheram para lidera-los ninguém menos que Joaquim Saldanha Marinho, surgindo assim em 1863 essa nova Potência.

Em 1865, mesmo com pouco tempo de existência a Obediência do Vale dos Beneditinos conseguiu o reconhecimento do Grande Oriente da França e o Grande Oriente Lusitano. Vale ressaltar que em 1869 esta simples, porém vigorosa potência já contava com 49 lojas.

A Maçonaria Portuguesa se unificou em outubro de 1869, ou seja, O Grande Oriente Lusitano que reconhecia o Grande Oriente e Supremo Conselho dos Beneditinos se incorporou ao Grande Oriente Português que reconhecia o Grande Oriente do Brasil. Sendo assim o Grande Oriente Lusitano Unido sugeriu para que o mesmo ocorresse em solo Brasileiro. A primeira tentativa para essa empreitada foi em 1872. As duas Potências Brasileiras se uniram sob o nome de Grande Oriente Unido e Supremo Conselho do Brasil, até que o resultado da apuração do sufrágio mostrou-se favorável ao Grande Oriente dos Beneditinos, pois seu candidato Saldanha Marinho ganhava pela Maioria. O Visconde de Rio Branco, então Grão Mestre do GOB e Candidato do mesmo, declarou NULA a fusão. Segundo o Site Fraternidade Farroupilha (2016), “As potências estrangeiras deram ganho de causa à Saldanha Marinho (Beneditinos), que passou a dirigir simultaneamente o Grande Oriente dos Beneditinos e o Grande Oriente Unido do Brasil, enquanto o Visconde do Rio Branco ficou com o Grande Oriente do Brasil e o Supremo Conselho do Brasil”.

Uma Curiosidade trazida pelo nosso Irmão Guilherme Candido (2016) sobre este Grande Oriente em seu texto “O Rito de York No Brasil: Blue Lodges” é que “em 1872 o Grande Oriente dos Beneditinos fundou no Rio de Janeiro a primeira Loja do legítimo Rito Americano em terras brasileiras: a Loja Vésper, que teve sua carta constitutiva outorgada pelo Grão Mestre Joaquim Saldanha Marinho em 30 de novembro de 1872”. (Se quiserem saber um pouco mais sobre o Verdadeiro Rito de York no Brasil clique no link a seguir: https://pavimentomosaico.wordpress.com/2016/01/25/o-rito-de-york-no-brasil-blue-lodges/).

Em dezembro de 1883, após anos de funcionamento e lutas, este Grande  Oriente e o GOB assinaram um acordo, onde passavam a ser a mesma potencia e sob o nome de Grande Oriente do Brasil.

Bibliografia:

Por Cloves Gregorio

Cloves Gregorio, 35 anos, casado com a senhora Gislene Augusta, Pai do Menino Átila, Historiador e Professor, Venerável Mestre de Honra (Past) da ARLS UNIÃO BARÃO DO PILAR Nº21 Jurisdicionada ao GORJ, Filiada a COMAB. Na Obediência já exerceu os cargos de Grande Secretário Adjunto de Cultura e Ritualística e Grande Secretário Adjunto de Comunicação e Informática.

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