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História da Maçonaria no Brasil

Um Passeio pela História da Maçonaria no Brasil. (Parte 3)

Quando falamos em independência do Brasil, lembramos automaticamente daquele mítico grito do então recém proclamado Imperador “Independência ou Morte!”, que nós Maçons sabemos que foi apenas o selo de compromisso que Dom Pedro I fez com a população recém formada da Pátria Império do Brazil, por que a separação política e econômica, em tese fora decidida antes em uma sessão maçônica presidida por ninguém menos que Gonçalves Ledo. Agora nos aprofundaremos no tema para sabermos mais sobre tal Epopéia.

Como vimos em anterior peça de Arquitetura o gemem de liberdade vem desde a inconfidência mineira. Os ideais de liberdade estimulados pela Maçonaria Inglesa e Francesa no mundo inteiro eram inevitáveis aqui também. O Blog Filosofia Esotérica nos informa que “Em 13 de maio, a loja maçônica ‘Comércio e Artes’ deu a Dom Pedro o título de ‘Defensor Perpétuo do Brasil’. Crescia a influência de Joaquim Gonçalves Ledo. Poucos dias depois, José Bonifácio assumiu o cargo de ministro do Interior e do Exterior.” José Bonifácio defendia que através da monarquia pretendia uma união Brasílico-lusa perfeita para preservar sua cultura e política, enquanto Gonçalves Ledo defendia o rompimento total com a Metrópole. Esse era o cenário atual da época, uma maçonaria forte porem dividida em ideologia, o que mais tarde ocasionaria o fechamento do Grande Oriente. (Ver parte 2)

Ao 20º dia do 6º mês maçônico do Ano da Verdadeira Luz de 5822, interpretado como 20 de agosto de 1822, houve a sessão histórica conjunta entre as Lojas “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade” Presidida pelo nosso Ir:. Gonçalves Ledo, onde pronunciou um enérgico discurso sobre a necessidade de se fazer a independência do Brasil sendo aclamado e aprovado por unanimidade.

Uma curiosidade sobre a data é que alguns autores como o próprio Ir:. José Castellani, defendem que esta data estava equivocada, pois para fazer a conta foi usado o calendário Gregoriano ao invés de ser usado o Equinocial, onde o ano de inicia dia 21 de março. Sendo assim a data não seria 20 de agosto e sim 09 de setembro de 1822. O que muitos devem se perguntar é: Por que decidir declarar a independência dois dias depois do fatídico grito? Penso-me que como as notícias eram distribuídas a cavalo, navio, e etc, existia um delay sobre os atos que aconteciam.

Se a sessão aconteceu antes ou depois do grito de independência não sei, mas que a influência de nossa Augusta Ordem para que acontecesse a mesma é inegável, além de ter influenciado positivamente no período posterior a Independência.

Bibliografia
Texto “A história secreta da Independência” do blog Filosofia Esotérica – https://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=412#.U_isx1ckXCs
Texto “20 DE AGOSTO, A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL” por Kennyo Ismail.
Site da Loja Obreiras de Iraja;
Site Uol educação.

Por Cloves Gregorio

Cloves Gregorio, 37 anos, casado com a senhora Gislene Augusta, Pai do Menino Átila, Historiador, Professor e editor de livros, Venerável Mestre de Honra (Past) da ARLS UNIÃO BARÃO DO PILAR Nº21 Jurisdicionada ao GORJ, filiada a COMAB. Na Obediência já exerceu os cargos de Grande Secretário Adjunto de Cultura e Ritualística e Grande Secretário Adjunto de Comunicação e Informática.

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