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Papo de um cobridor de meia idade

Papo de um cobridor de meia idade: Lição XVIII

Se você é o maçom que larga tudo para atender sua Loja, a lição de hoje é para ti. Acesse e tome a lição de hoje.

Fique em casa quando precisar.
Quando você já está há um tempo na maçonaria, não é difícil conhecer aquele irmão abnegado, que ao menor sinal de que precisam dele, ele larga tudo para atender a Loja.

Aparentemente, o melhor irmão para se ter. Mas a que custo? Na maioria das vezes, em oratória destinada ao novo iniciado e sua familia após a iniciação, é declarada uma ordem de importância para dedicação, como família, trabalho e depois a maçonaria. O irmão abnegado encontra um jeitinho para passar a maçonaria na frente de tudo, de forma pontual.

A maior negligenciada, nesses casos, é a família. E como eu sei disso? Porque eu jáá negligenciei minha casa para atender interesses maçônicos e isso é tudo, menos maçonaria.

Certa feita eu precisava ministrar uma palestra, mas o esgoto da minha casa entupiu de uma tal maneira, que eu precisei reconstruir todo o esgoto da cozinha. Acontece que eu não fiquei em casa para resolver, pois eu tinha o compromisso (fora do dia da minha Loja). Aproveitei o ensejo para falar na palestra sobre “compromisso” e o que tinha ocorrido na minha casa e que a deixei para estar ali. A resposta da fraternidade veio galopante e serena. Após a palestra, um irmão velhinho chamado Romeu me chamou de canto, e me passou o que acredito ser o maior sabão da minha vida maçônica, proferindo com a maior serenidade e doçura do mundo “a próxima vez que você deixar minha cunhada e meu sobrinho afundados em merda, eu mesmo abro um processo de expulsão contra você.”.

Eu aprendi a lição, e a partir desse episódio, sempre que foi preciso, eu fiquei. Pois ser maçom é honrar meus compromisso com os meus também.

Veja bem, não estou dizendo que a cada espirro ou lâmpada queimada, você falte a sessão, mas use o nosso velho companheiro bom senso para pesar se o assunto que apareceu, é mais ou menos importante que seu compromisso maçônico.

Por Cloves Gregorio

Cloves Gregorio, 37 anos, casado com a senhora Gislene Augusta, Pai do Menino Átila, Historiador, Professor e editor de livros, Venerável Mestre de Honra (Past) da ARLS UNIÃO BARÃO DO PILAR Nº21 Jurisdicionada ao GORJ, filiada a COMAB. Na Obediência já exerceu os cargos de Grande Secretário Adjunto de Cultura e Ritualística e Grande Secretário Adjunto de Comunicação e Informática.

Uma resposta em “Papo de um cobridor de meia idade: Lição XVIII”

A régua está aí para nos ensinar desde o primeiro dia da nossa jornada maçônica, instrumento imprescindível para medirmos nossa vida! Saber o tempo necessário para o trabalho, para a família, para o lazer e para à maçonaria.
Isso não é devido a maçonaria e sim ao controle do tempo. Vejo muitos dedicado só ao trabalho e esquecem até do lazer. Ou dedicam muito ao lazer e esquecem até da maçonaria. Saber medir é aproveitas todos momentos de forma sublime.
Quando está em casa com a família, saia do celular, esqueça do trabalho. Esteja por completo a cada momento. abraços fraternos!

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