Visite sempre que puder.
Um dos direitos do maçom é ser recebido em outras Lojas, desde que seja da mesma potência ou que seja de um Grande Oriente/Grande Loja que se tenha tratado de mútuo reconhecimento.
A conexão entre diferentes lojas maçônicas está presente desde o início da maçonaria especulativa, tanto que as Lojas abrem mão de sua autonomia para ficar sob a égide de uma Grande Loja. A partir daí, os maçons se espalharam pelo mundo, fundando Lojas sob a proteção de São João.
Em cada pátria que a maçonaria floresce, ela adquire aspectos regionais e ganha um caráter plural. Tanto que pesquisadores, como o mano Felipe Côrte Real de Camargo, utilizam o termo “Maçonarias” para se referir as diferenças e especificidades de cada uma. É daí que o ato de visitar ganha aspectos de intercâmbio cultural.
É claro que se falando em visita, costumeiramente nós fazemos em lojas de nossa própria região ou estado, mas ainda sim, encontramos diferenças significativas, seja por ser um rito diferente ou a própria cultura da loja, mas não deixa de ser um intercâmbio de vivências.
Vá e conheça irmãos diferentes, práticas locais e viva essa experiência sem julgar. Apenas curta o momento. Porém algumas boas práticas podem e devem ser adotadas ao planejar uma visita:
1° certifique-se do dia e horário da oficina a ser visitada.
2° avise alguém que está indo. Isso evitará que você bata com a cara na porta caso a sessão tenha sido cancelada, ou se estiverem realizando alguma sessão restrita apenas aos membros da oficina.
3° pergunte se a Loja tem jantar e se cobra por ele. Isso fará que contem com a sua presença, dimensionando o ágape apropriadamente.
4° a hora da aclamação, é da Loja. Não grite as palavras do seu Rito se o da Loja for diferente. Fique quieto e aprenda.
5° se for falar na palavra ao bem da ordem, não seja enfadonho ou prolixo. Ninguém gosta de visitante xarope.
Espero que essa lição ajude na sua experiência ao estreitar os laços de amizade fraternal com irmãos de outra loja.