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Lojas Lunares

Em minhas pesquisas para a série de artigos sobre o Rito Escocês Antigo e Aceito que estou escrevendo para o Maçonaria Tupiniquim Jornal, acabei topando com as curiosas Lojas Lunares ou da Lua. Estas Lojas, como o próprio nome diz, estavam intrinsecamente ligadas as fazes da Lua, no caso, a Lua Cheia. Acesse o artigo e DESCUBRA!

Em minhas pesquisas para a série de artigos sobre o Rito Escocês Antigo e Aceito que estou escrevendo para o Maçonaria Tupiniquim Jornal, acabei topando com as curiosas Lojas Lunares ou da Lua. Estas Lojas, como o próprio nome diz, estavam intrinsecamente ligadas as fazes da Lua, no caso, a Lua Cheia.

As Lojas Lunares funcionavam somente nas semanas de Lua Cheia para que os irmãos do passado (Séculos XVIII e XIX) pudessem sob a luz do luar voltar em segurança para as suas casas. James Goss, Grande Historiador da Grande Loja de Vermont nos explica que:

“No início do Século XVIII, quando a Maçonaria ainda era um empreendimento novo, o Green Mountain State era um lugar selvagem e instável. É difícil para nós imaginarmos os pensamentos e sentimentos de um maçom de Vermont do Século XIX ,enfrentando um frio intenso de uma noite de inverno depois de uma reunião da loja para prosseguir sua viagem de volta para casa. Para este maçom, uma viagem de vários quilômetros a noite após a reunião maçônica era uma grande empreitada, onde até mesmo a tarefa de encontrar o caminho era penosa.”

O Irmão Goss explica que 1817, 26 das 40 lojas de Vermont eram lunares, mas que esse número em 1979 já tinha diminuído bastante, e que de 98, apenas 8 mantinham o costume.

Na Califórnia também existia esse costume. A Loja Harmony Nº164 em Sierra City que foi fundada em 1861 ainda hoje se reúne durante as Luas Cheias. A justificativa é basicamente a mesma, que no passado muitos irmãos cavalgavam quilômetros para a reunião e sob a luz da Lua Cheia ficava mais fácil. Atualmente na Califórnia apenas a Harmony e a Mariposa Lodge Nº24 funcionam nesse regime.

No Brasil nunca topei com tal informação, mas é bacana imaginar que em nome da fraternidade e dos valores ensinados nas Lojas Maçônicas, irmãos, mesmo a vários quilômetros de distância e sujeito a várias adversidades frequentavam as oficinas, se valendo de um símbolo alegórico tão importante, quanto prático para a maçonaria. E você aí, faltando a Loja porque tá frio.

O 4º número de nosso Jornal será disponibilizado dia 26/05/2022. Não perca!

Referências:
COOPER III, John. THE SUN, THE MOON, AND THE MASTER. Disponível em: https://californiafreemason.org/2019/11/14/the-sun-the-moon-and-the-master/. Acesso em maio de 2022.
GOSS, James. The moon in Masonic history. Disponível em: https://freemasonrymatters.co.uk/latest-news-freemasonry/moon-masonic-history/. Acesso em maio de 2022.



Por Cloves Gregorio

Cloves Gregorio, 37 anos, casado com a senhora Gislene Augusta, Pai do Menino Átila, Historiador, Professor e editor de livros, Venerável Mestre de Honra (Past) da ARLS UNIÃO BARÃO DO PILAR Nº21 Jurisdicionada ao GORJ, filiada a COMAB. Na Obediência já exerceu os cargos de Grande Secretário Adjunto de Cultura e Ritualística e Grande Secretário Adjunto de Comunicação e Informática.

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