Joaquim Gonçalves Ledo
Aproveitando o ensejo de que eu confeccionei um texto sobre Gonçalves Ledo para a Grande Secretaria de Cultura e Ritualística do GOIRJ, para sessão comemorativa a data de seu nascimento, compartilharei uma adaptação para os meus leitores do Maçonaria Tupiniquim, apresentando fatos que quase não são narrados nos anais de nossa história.
Hoje Gonçalves Ledo, um dos maiores pedreiros livres desta pátria faria 235 anos e dois dias. Este exímio Brasileiro já dava provas de sua bravura desde a infância, afinal com apenas 14 anos de idade se aventurou em Portugal para concluir seus estudos na Universidade de Coimbra. Em 1808, com a morte de seu pai, Ledo teve que voltar ao Brasil e chegando logo assumiu um cargo de importância no arsenal de guerra, diga-se de passagem, que em um texto postado no museu maçônico paranaense de Renato Mauro Schramm (1999) diz que o famoso personagem “exerceu o cargo com proficiência”, além de se revelar um dos maiores jornalistas de toda a história com o lançamento do jornal “Revérbero Constitucional” do qual fundou com seu amigo Januário da Cunha Barbosa.
Acredita-se que nosso herói era republicano de “carteirinha”, mas que apenas com a monarquia constitucional poderia fazer a independência.
Gonçalves Ledo, além de uma inteligência fantástica, era modesto, pois por diversas vezes recusou títulos, tais como o de Marquês e de ministros que foram cedidos pelo próprio Imperador.
Em seu currículo existe influência em vários movimentos como por exemplo o “Dia do Fico”, onde na maioria das vezes atribuem única e exclusivamente ao José Bonifácio, além de ser um dos responsáveis pela convocação da Assembleia constituinte.
Ledo foi deputado por diversas vezes na província do Rio de Janeiro, mas a sua maior e mais importante participação foi realmente na independência do Brasil, segue de exemplo de sua luta em prol da mesma, uma parte de seu discurso na Loja Maçônica “Comércio e Artes” em 22 de maio de 1822.
“…SENHOR! A natureza, a razão e a humanidade, esse feixe indissolúvel e sagrado, que nenhuma força humana pode quebrar, gravam no coração do homem uma propensão irresistível para, por todos os meios e com todas as forças, em todas as épocas e em todos os lugares, buscarem ou melhorarem o seu bem estar.
A natureza não formou satélites maiores que os planetas. A América deve pertencer a América, a Europa à Europa, porque não debalde o Grande Arquiteto do Universo meteu entre elas o espaço imenso que as separa.”
Infelizmente Ledo deixou a vida política em 1835 por conta de diversas perseguições e acabou esquecido em sua fazenda em Sumidouro no Estado do Rio de Janeiro até a data de sua morte em 09 de maio de 1847. Porém hoje, vamos exaltar e comemorar a passagem deste ícone na vida terrena. Viva a Gonçalves Ledo!
Referências
- SILVA, Deivid Antunes da Silva. Da Gloria ao Azar: Uma capela e um político exilado. Disponível em: https://www.historiadeitaborai.org/blank-19. Acesso em Dezembro de 2016.
- SCHRAMM, Renato Mauro. Disponível em https://www.museumaconicoparanaense.com/MMPRaiz/AcademiaPML/Patro-23.htm. Acesso em Dezembro de 2016.
- Biografia de Gonçalves Ledo. Site, Disponível em: educacao.uol.com.br/biografias/goncalves-ledo.htm. Acesso em Dezembro de 2016.
- Blog Ledo e a Independência. Disponível em: https://ledoeaindependencia.blogspot.com.br/p/goncalves-ledo-politico-e-jornalista.html. Acesso em Dezembro de 2016.